Pinturas rupestres do sítio arqueológico Abrigo Usina São Jorge, Ponta Grossa, Paraná

Alessandro Giulliano Chagas Silva arqueotrekking@gmail.com
Bolsista de apoioTécnico do CNPq

Cláudia Inês Parellada
Museu Paranaense, Curitiba, PR

Mário Sérgio de Melo
Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG, Departamento de Geociências, Campus em Uvaranas, Ponta Grossa, PR, Brasil; (42) 3220-3046; msmelo@uepg.br

 

RESUMO

O Abrigo Usina São Jorge é representado por duas lapas conjugadas sustentadas por arenito da Formação Furnas, situadas junto ao vale do Rio Pitangui, cerca de 15 km a nordeste da cidade de Ponta Grossa, PR. A lapa sudoeste apresenta painéis de pinturas rupestres com figuras humanas, de animais e geométricas. A lapa norte possui painéis com pinturas monocromáticas de cervídeos e aves, atribuíveis à Tradição Planalto. A ocorrência de vários sítios com pinturas rupestres no vale do Rio Pitangui sugere que este constituía via de comunicação entre o Primeiro e o Segundo Planalto Paranaense para grupos humanos préhistóricos. Embora freqüentemente se faça referência à existência de pinturas rupestres nas proximidades da cidade de Ponta Grossa, existem pouquíssimos dados sobre elas. Esse desconhecimento tem colaborado para a depredação e perda deste rico patrimônio, cujo estudo tem importância não só arqueológica e antropológica, mas também paleoclimática e paleoambiental. 

Palavras Chave: Pinturas rupestres, Tradição Planalto, Tradição Itararé, Tradição
Geométrica, Abrigo Usina São Jorge.

 

 

ABSTRACT

The Usina São Jorge shelter is represented by two conjugated caves sustained by sandstones of the Furnas Formation. It is situated close to the Pitangui Publ. UEPG Ci. Exatas Terra, Ci. Agr. Eng., Ponta Grossa, 13 (1): 25-33, abr. 2007 Publ. UEPG Exact Earth Sci., Agr. Sci. Eng., Ponta Grossa, 13 (1): 25-33, abr. 2007 26 River valley, about 15 km to the northeast of the city of Ponta Grossa, in the state of Paraná. The southwestern cave shows panels of rupestrian paintings that include human, animal and geometrical figures. The northern cave has panels with monochromatic paintings of deer and birds, possibly belonging to the Planalto Prehistorical Cultural Tradition. The occurrence of several sites with rupestrian paintings in the Pitangui River valley suggests that it was used as a natural pass between the First and the Second Paraná Plateaus by migrating groups of prehistorical indigenous peoples. Although the existence of rupestrian paintings in the proximities of the city is frequently referred to, only limited data about them are available. The lack of knowledge concerning the importance of these rupestrian paintings has contributed to their being damaged, which impairs this rich heritage, important not only for archeological and anthropological but also for paleoenvironmental and paleoclimatic studies.

Keywords: rupestrian paintings, Planalto Prehistorical Cultural Tradition, Itararé Prehistorical Cultural Tradition, Geometrical Cultural Prehistorical Tradition, Usina São Jorge shelter.



INTRODUÇÃO

Na região dos Campos Gerais do Paraná, que tem Ponta Grossa como cidade-pólo, são conhecidos vários sítios arqueológicos em abrigos sob rocha, nos quais ocorrem pinturas rupestres, artefatos líticos e cerâmicos (Blasi 1970, 1972; Chmyz 1976; Silva et al. 2006). Parte desses sítios com pinturas rupestres, relacionados a populações pré-históricas, ocorre junto a lapas rochosas da Formação Furnas (Devoniano da Bacia do Paraná), constituída por arenitos muito estruturados (estratificação sedimentar, fraturas), que tendem a formar abrigos sobretudo na região de relevo escarpado nas proximidades da Escarpa Devoniana.

O Abrigo Usina São Jorge, sítio arqueológico onde foram caracterizadas pinturas rupestres, situa-se nas coordenadas UTM da Zona 22, N 7.232.372 E 593.061, a 150 m da margem direita do Rio Pitangui, aproximadamente 15 km a nordeste do centro da cidade de Ponta Grossa (Figura 1), cerca de 920 m acimado nível do mar.

Figura 1 - Localização do Abrigo Usina São Jorge: 1: Escarpa Devoniana;
2: rios principais; 3: Reservatório Alagados; 4:rodovias; 5: estradas principais;
6: ferrovia; 7: área urbana de Ponta Grossa; 8: localização do Sítio Usina São Jorge.


Este trabalho, derivado de uma monografia de conclusão de curso de graduação em Geografia da UEPG (Silva 1999), objetivou caracterizar e mapear a área do sítio arqueológico e documentar as pinturas rupestres lá presentes, buscando acrescentar dados ao esforço de interpretação do significado regional destas evidências arqueológicas comuns nos Campos Gerais do Paraná. Os métodos adotados compreenderam as seguintes etapas: levantamento e pesquisa bibliográfica; análise fotointerpretativa (fotos aéreas do ITC-PR 1980, escala 1:25.000); levantamento topográfico e localização do abrigo, realizado com o auxílio de GPS, bússola e trena; registro fotográfico dos abrigos e das pinturas rupestres e sua interpretação em relação às tradições culturais identificadas no Estado do Paraná.


Caracterização da área

A região do canyon do Rio Pitangui, onde se situa o Abrigo Usina São Jorge, é marcada por encostas abruptas, com diferenças de altitude da ordem de 200 metros. Os topos atingem 1050 metros, enquanto o leito do Rio Pitangui encontra-se próximo da cota 850 metros. Possivelmente o vale do rio constituiu passagem natural entre o Primeiro e o Segundo Planalto Paranaense para as populações indígenas pré-históricas.

As encostas abruptas freqüentemente exibem paredões rochosos sustentados por arenitos da Formação Furnas, muitos deles com lapas naturais ainda não estudadas que constituem potenciais sítios arqueológicos.

O clima no local é do tipo Cfb da classificação de Köppen, isto é, um clima quente-temperado e sempre úmido, o mês mais quente com média inferior a 22o C, onze meses do ano com média superior a 10o C, e sujeito a mais de cinco geadas noturnas por ano (Maack 2002). A precipitação média é de 1.542 mm Publ. UEPG Exact Earth Sci., Agr. Sci. Eng., Ponta Grossa, 13 (1): 25-33, abr. 2007 28 anuais, com chuvas bem distribuídas ao longo do ano, com declínio pouco acentuado nos meses de abril a agosto (Melo et al. 2000).

Predominam na região os campos limpos do tipo savana gramíneo-lenhosa (Moro 1998; Estreiechen et al. 2001), que ocupam a maioria dos topos das elevações e encostas. A uniformidade fisionômica dos campos é interrompida pela ocorrência da matas de Araucaria, que aparecem na forma de matas ciliares, freqüentemente encaixadas no fundo de vales, ou em capões isolados. Tal formação florestal é incluída na zona fitoecológica da “Floresta Ombrófila Mista” (Veloso e Góes Filho 1982), situando-se na denominada
“região dos campos limpos com capões e matas ciliares ou galerias ao longo dos rios e arroios (tambémzonas de Araucaria)” de Maack (2002).

Esse ambiente abrigava rica fauna, compostaprincipalmente por cervídeos, canídeos, desdentados e aves. O comportamento desta fauna é intrinsecamente atrelado ao potencial hídrico local bem como a suas preferências alimentares. Algumas espécies utilizam a região apenas como corredor de acesso a outras regiões, uma vez que os recursos disponíveis nem sempre são suficientes para o suprimento de suas atividades vitais, não sendo propício para efetiva permanência no local. As pinturas rupestres freqüentemente representam a fauna da época dos indígenas pré-históricos que as elaboraram, e constituem uma ferramenta potencial importante para estudos da fauna.

O Sítio arqueológico Abrigo Usina São Jorge

O sítio arqueológico Abrigo Usina São Jorge apresenta duas lapas, uma voltada para sudoeste e outra para norte, ambas situadas sob o mesmo bloco arenítico (Figura 2). Para uma melhor compreensão e classificação das pinturas rupestres ali encontradas, o sítio foi dividido em duas partes: lapa sudoeste, com o teto medindo cerca de 22 m2, com uma parede regular de fundo com cerca de 1 m de altura; e lapa norte, com o teto medindo cerca de 40 m2, com uma parede irregular de fundo com cerca de 1,7 m de altura.

Figura 2 - Croquis e posição relativa das lapas sudoeste e norte e localização
das pinturas rupestres do Abrigo Usina São Jorge, Ponta Grossa, PR.


Pinturas rupestres da lapa sudoeste

Nesta lapa podem ser caracterizados três painéis, todos dispostos na parede do abrigo: um com representações geométricas (Figura 3A), outro com animais e outro com figuras humanas (Figura 3B).

Figura 3 - Exemplos de pinturas rupestres da lapa sudoeste do Abrigo Usina São Jorge,
Ponta Grossa, PR. A: representações geométricas; B: figura humana.


Nas figuras de animais podem ser caracterizados cervídeos e outros de difícil identificação.

A parede onde estão situadas as figuras tem maior umidade que a da lapa norte, o que propicia a formação de fungos e liquens, além da formação de descamações e precipitação de caulinita clara, que comprometem parcialmente as pinturas, dificultando sua visualização.

Nesta lapa foram recuperados, na superfície do solo, dois fragmentos cerâmicos correlacionados à Tradição Itararé (de acordo com PRONAPA 1976).

Pinturas rupestres da lapa norte

Nesta lapa destaca-se um painel com cerca de 2 m de extensão por 30 cm de altura, com cervídeos e aves (Figura 4). Segue-se descrição das principais características das pinturas deste painel, utilizando-se, no
caso dos cervídeos, a tabela de morfologia de Prous e Baeta (1992-93):

Figura 4 - Principais pinturas rupestres na lapa norte do Abrigo Usina
São Jorge, Ponta Grossa, PR. A: cervídeo malhado; B: cervídeo galheiro;
C: aves; D: cervídeo chapado; E: ave com asas abertas.

 

 

 

a) Cervídeo malhado (Figura 4A):
- Galha: dupla bifurcada;
- Formato do corpo: retangular comprido;
- Cauda: reta para cima;
- Perna: forma pouco curva; disposição homogênea, espelhadas para dentro;
- Extremidade distal: bidáctilo; espessura do traço filiforme;
- Cor: vermelho, 10R 4/6 da tabela de Munsell (1975);
- Tamanho: 20 cm (largura) x 10 cm (altura);

 

b) Cervídeo galheiro (Figura 4B):
- Galha: dupla bifurcada;
- Formato do corpo: dorso sinuoso;
- Cauda: pontudo para cima;
- Perna: forma reta; disposição homogênea, espelhadas para fora;
- Extremidade distal: simples; espessura do traço grossa;
- Cor: vermelho (10R 4/8);
- Tamanho: 18,5 cm (largura) x 4 cm (altura);

 

c) Conjunto de cervídeos semelhantes:
- Número de cinco cervídeos com 7 cm de largura x 3 cm de altura cada;
- Cor: vermelho (10R 4/8);
- Galha: sem galha;
- Forma do corpo: retangular comprido;
- Cauda: reta para cima, extremidade arredondada;
- Perna: forma reta; disposição homogênea, espelhadas para fora;
- Extremidade distal: simples; espessura do traço grossa;

 

d) Cervídeo feito com traços pontilhados, parcialmente apagado, sobreposto ao conjunto citado acima, com 10 cm de largura x 4 cm de altura;

 

e) Cervídeo de coloração amarela (2.5Y 6/4), quase apagado, com 12 cm de largura x 8 cm de altura; situa se logo à direita do conjunto acima

 

f) Conjunto de quatro aves enfileiradas paralelamente, possíveis reiformes (emas), sendo:
- Duas menores com 3 cm de largura x 12 cm de altura cada uma, ambas com as asas abertas (Figura 4C); cor vermelha (10R 4/8); corpo chapado;
- Duas maiores com 6 cm largura x 12 cm de altura cada uma, ambas com a ausência da cabeça devido à descamação do arenito, mas ainda identificáveis como possíveis reiformes (emas); cor vermelha (10R 4/8); corpo chapado.

 

Na mesma lapa norte também se encontram pinturas no teto (Figura 2), destacando-se as seguintes:

 

g) Cervídeo chapado isolado no teto (Figura 4D):
- Galha: sem galha;
- Formato do corpo: retangular comprido;
- Cauda: reta para cima, extremidade arredondada;
- Perna: reta, heterogênea;
- Extremidade distal: simples, espessura do traço grossa;
- Cor: vermelha (10R 4/6);
- Tamanho: 22 cm de largura x 8 cm de altura; h) Ave de corpo chapado isolada no teto (Figura 4E); pintura bem definida de uma ave, possível reiforme (ema), com as asas abertas:
- Tamanho: 5 cm de largura x 10 cm de altura;
- Cor: vermelha (10R 4/4).


Este abrigo ainda apresenta outro conjunto de aves no teto, parcialmente apagadas. Nota-se também a presença de mais painéis que foram encobertos pela fuligem gerada pelas fogueiras de campistas e incêndios, naturais ou provocados. Em outros painéis observa- se, ainda, gravação antrópica predatória e recente, formando sulcos sobre as pinturas rupestres.

Classificação

Os sítios arqueológicos com pinturas rupestres são classificados em tradições, sendo que uma tradição implica certa permanência de traços distintivos, geralmente temáticos. Essas tradições , são definidas pela presença, proporção e estilos dos grafismos, como as figuras de animais e humanas, em relação a representações geométricas.

No Brasil, são admitidas as tradições rupestres Meridional, Litorânea Catarinense, Geométrica, Planalto, Nordeste, Agreste e São Francisco (Prous 1992; Schmitz 1997), algumas com subdivisões. No Paraná, a maior parte dos abrigos com pinturas rupestres concentra- se nos municípios de Sengés, Jaguariaíva, Piraí do Sul, Castro, Tibaji, Ventania, Ponta Grossa, Palmeira e Irati, ou seja, grande parte destas pinturas situa-se na região dos Campos Gerais, em abrigos e paredões de arenitos da Formação Furnas.

Estas pinturas rupestres são relacionada às tradições Planalto e Geométrica.

Sítios atribuídos à Tradição Planalto distribuemse no Planalto Central Brasileiro, desde as nascentes do Rio Tibaji e tributários do médio Iguaçu, no Paraná, até o Estado da Bahia, concentrando-se em Minas Gerais (Schmitz 1997). Segundo Prous (1992) a quase totalidade dos sítios só apresenta grafismos pintados, geralmente em vermelho e mais raramente em preto ou amarelo, por vezes em branco. São raras as cenas, sendo comum apenas a justaposição de elementos. As figuras mais destacadas são sempre as de animais, monocrômicas, cuja freqüência pode ser muito alta, aparecendo figuras humanas em pequena quantidade. Entre os animais, os quadrúpedes são os mais recorrentes, particularmente os cervídeos. Em certas regiões, como nos Campos Gerais, ocorrem em associação as aves e os répteis, e raramente são caracterizados grafismos representativos da flora regional. Um sítio na região de Ponta Grossa com estas características foi descrito por Silva et al. (2006).

Já na Tradição Geométrica, que também ocorre no Estado do Paraná, representações geométricas existem em maior quantidade, tais como traços, círculos, triângulos, pontos, linhas, grades, entre outros, com a utilização da policromia, especialmente do vermelho e amarelo. Há também associação com figuras de animais e humanas, que aparecem em pouca quantidade. Os sítios desta tradição formam um conjunto heterogêneo, cuja extensão vai desde o Planalto Catarinense, no Sul, até o Nordeste do Brasil. Sítios com pinturas atribuíveis à Tradição Geométrica foram descritos nas proximidades da Cachoeira da Mariquinha, nas cabeceiras do Rio Quebra-Perna (Rosa 2005).

Tendo em vista as características das pinturas rupestres do Abrigo Usina São Jorge, que representam figuras monocrômicas vermelhas e uma exceção amarela, principalmente de animais, especialmente cervídeos e aves, secundariamente figuras humanas, e pouquíssimas representações geométricas, pode-se correlacioná-las à Tradição Planalto. Contudo, em virtude da falta de determinações cronológicas absolutas nos sítios arqueológicos da região, não é ainda seguro afirmar o período de permanência dos indígenas autores das pinturas.

Abrigo Usina São Jorge
Cervídeo Chapado Abrigo Usina São Jorge
Cervídeo Chapado Abrigo Sumidouro
Aves Abrigo Abrigo Usina São Jorge
Vista lateral Abrigo Sumidouro
Cervídeo Malhado Abrigo Usina São Jorge
Cervídeo Listrado Abrigo Sumidouro


Considerações finais

As pinturas encontradas no Abrigo Usina São Jorge, tais como cervos, emas e pássaros, representam a fauna existente ou que já existiu no local, que constituía a caça das tribos do planalto. As matas ciliares acompanhando os principais rios da região, além de caminhos para os indígenas pré-coloniais, constituem e constituíam corredores naturais de deslocamento da fauna, e nesses locais a caça era abundante.

O Abrigo Usina São Jorge localiza-se em uma elevação que fornece ampla visão de uma parte do vale do Rio Pitangui. É possível que tenha servido de acampamento temporário para grupos caçadores-coletores, cujos membros elaboravam pinturas rupestres atribuíveis à Tradição Planalto. Tais grupos são possivelmente relacionados à Tradição Umbu, mas também à Itararé, devido à ocorrência de isolados fragmentos de cerâmica desta tradição neste abrigo. Provavelmente estes grupos encontravam no abrigo um bom local para pouso, proteção contra as intempéries e um mirante para a observação da caça, além de ponto fixo para delimitação de território. O patrimônio arqueológico é a parcela de uma herança maior, deixada pelas gerações passadas, administrada, usada e usufruída pela geração presente, mas com desejável transmissão para as gerações futuras (Schmitz 1988).

O patrimônio arqueológico faz parte de nossa memória, e sua proteção e estudo é urgente e necessária. Ademais, os estudos arqueológicos podem apoiar estudos sobre a fauna, flora, condições climáticas, ambientais e fenômenos astronômicos.

Entretanto, o desconhecimento vem colocando em risco a preservação de muitas das pinturas rupestres da região estudada, que vêm sofrendo depredação por parte de excursionistas desavisados que inadvertidamente atingem os locais dos abrigos sob rocha.

Desta forma, é fundamental que as pinturas rupestres doAbrigo Usina São Jorge, e outras existentes nas vizinhanças, como as dos sítios arqueológicos Santa Bárbara e Pitangui, sejam devidamente estuda

Publ. UEPG Ci. Exatas Terra, Ci. Agr. Eng., Ponta Grossa, 13 (1): 25-33, abr. 2007 33 das, documentadas e protegidas pelo poder público, visando sobretudo divulgar sua importância e conscientizar a população para a necessidade de sua preservação.

Os estudos arqueológicos têm permitido a reconstrução do passadoda região, identificando grande diversidade de populações que ocuparam a área enfocada, deixando vestígios na forma de pinturas rupestres, aqui estudadas, mas também artefatos líticos e objetos cerâmicos. É de vital importância a realização de maior número de trabalhos arqueológicos na região, para melhor compreensão da pré-história e história dos Campos Gerais do Paraná.

Agradecimentos

Ao fotógrafo Celso Margraf, por parte do registro fotográfico do abrigo, a Emanuele Rodrigues de Lima, Liliani Marília Tiepolo e Alexandre Lorenzetto, que participaram dos levantamentos de campo, e colaboraram também na documentação fotográfica.

abreu

 

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Cómo citar este artículo:

Chagas Silva, Alessandro; Parellada, Cláudia Inês;
de Melo, Mário Sérgio. Pinturas rupestres do sítio arqueológico
Abrigo Usina Sao Jorge, Ponta Grossa, Paraná

En Rupestreweb, http://www.rupestreweb.info/riopitangui.html

2013

 

REFERÊNCIAS

 


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